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“O FC Porto é um investimento seguro”

Fernando Gomes, administrador da SAD do FC Porto, explicou, ontem, a natureza do novo empréstimo obrigacionista, revelando que parte da operação servirá para contornar problemas de tesouraria.

“O que queremos é dar aos investidores a possibilidade de trocar as obrigações que vencem a 4,75% por novas obrigações que vencerão 5,25%. Portanto, terão aqui um ganho de 0,5%. E, além do mais, darmos a quem queira substituir a possibilidade de terem um ganho à cabeça de mais 1%. Com isto, o que esperamos? Esperamos que esta oferta seja suficientemente atrativa para conseguirmos chegar aos 20/25 milhões de euros. Se conseguirmos que os possuidores de obrigações até 25 milhões de euros consigam fazer a troca, sobram 15 milhões que serão para fazer face a problemas de tesouraria, que no final da época são sempre pesados”, afirmou, em palavras ao “Porto Canal”.

“Esta é a primeira vez que o FC Porto desenvolve uma operação deste tipo, ou seja, uma emissão que tem dois eixos. Uma parte para reforço de tesouraria e outra parte maior para prolongar o empréstimo anterior, reforçando os benefícios dos que entendem que o FC Porto é um investimento seguro e, até hoje, sempre foi e vai continuar a ser, porque este é o nosso ponto de honra”, continuou Fernando Gomes, optimista quanto ao sucesso da operação:

“Quero crer neste sucesso, mas a pergunta que se pode fazer a seguir é: estes objetivos, 15/25 são imutáveis? Não, não são. O que pode acontecer é que, se não chegarmos aos 25 milhões de euros de troca por parte dos investidores, fazendo por exemplo 20 milhões, podemos reforçar a liquidez no que fazemos directamente agora. Portanto, há sempre essa possibilidade, há sempre aqui uma intermutabilidade entre aquilo que é a liquidez do que precisamos e a troca que gostaríamos de fazer. Contudo, isto vai depender do próprio mercado e da perceção dos investidores nesta oferta”.