Na conferência de treinadores, realizada hoje em Leiria, Conceição disse que a exigência é cansativa, mas também apaixonante.
“Há varias formas de ajudar os atletas, lidamos com um grupo com uma mentalidade própria. É diferente de há 15 ou 20 anos. Somos fiéis à nossa forma de estar, mas depois há contextos, mentalidades e jogadores diferentes. Não é o trabalho no campo que é difícil, é manter toda a malta motivada e passar valores que não são fáceis nesta geração. Há muitas coisas positivas na nova geração, mas também dificuldade em perceber que um momento do treino pode ser decisivo no jogo. Todos os momentos devem ser vividos com uma intensidade grande”, começou por dizer o técnico do FC Porto, antes de falar da exigência que transmite ao grupo.
“Um jogador vem de contextos diferentes, de uma equipa com treinador com ideias diferetes. Gosto que um jogador seja rigoroso num trabalho pré e pós-treino. A exigência tem a ver com a repetição do que queres trabalhar. É preciso passar esses valores aos jogadores para ser mais fácil ganhar. Sou exigente com todos, não só com os jogadores. No Olival trabalham 70 pessoas e sou eu que tenho de liderar aquela gente. É cansativo? É, mas também apaixonante”, admitiu.
Sobre a importância dos capitães de equipa: ”São fundamentais na ligação e na extensão dos treinadores. Nesta liderança é preciso ter três ou quatro ajudantes. Às vezes não é preciso o treinador meter o bedelho. O Pepe chegou e assumiu-se como capitão. Mas já tive situações em que o clube disse uma coisa e fiz outra. Prefiro que sejam capitãos diferentes e que também tenham um papel diferente.”