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“Vai decidir-se em breve o destino de uma das mais estapafúrdias medidas”

O presidente do FC Porto admitiu, no editorial da revista Dragões, ter ficado satisfeito no recuo em torno do cartão de adepto.

“No Parlamento vai decidir-se em breve o destino de uma das mais estapafúrdias medidas tomadas por governantes que já há muito tempo demonstraram que são inimigos dos clubes nacionais”, começa por dizer, em relação ao cartão de adepto.

“O fim do cartão de adepto foi proposto pela Iniciativa Liberal e pelo Partido Comunista Português, um partido que, talvez por estar mais próximo do povo, compreendeu aquilo que todo o povo do futebol sente: em tempos difíceis como estes que atravessamos, do que o futebol precisa é de incentivos para que cada vez mais gente possa acorrer aos estádios, e não de entraves que não têm qualquer utilidade. Noutros países já se provou que instrumentos como este cartão de adepto não são eficazes no controlo da violência, e se pensarmos nos casos de problemas com adeptos que houve nas últimas décadas em Portugal, também concluímos facilmente que não seria a existência de um documento destes que os poderia evitar. Só faz sentido continuar a existir cartão de adepto se o objetivo dos nossos políticos for tentar erradicar a violência através da erradicação do público das bancadas dos estádios.  Se a ideia é essa, que a assumam. E que a submetam ao julgamento do povo a 30 de janeiro de 2022”, disse ainda.