O FC Porto venceu o Feirense e respira um pouco melhor na luta pela permanência na Segunda Liga (SABSEG). Uma vitória incontestável por 4-2, com superioridade dos comandados de António Folha. Sem contestação em campo, porque fora dele presenciamos a hipocrisia habitual de alguns comentadores ligados ao Benfica (não esquecer que o Benfica B, nos últimos anos, esteve algumas vezes em risco de descer e o discurso não foi o mesmo).
Nesta situação de aperto classificativo é natural e legítimo que alguns jogadores que treinam e jogam pela equipa A sejam chamados a “reforçar” a equipa B. Dos jogadores que venceram ontem, Carraça (630 minutos), Malang Sarr (630 min) e Romário Baró (500 min), têm mais tempo jogado no segundo escalão do que na Liga NOS. Francisco Conceição, nova coqueluche que tem entrado bem quando chamado pelo seu pai, começou mesmo no plantel “B” e, comparativamente ao período passado em campo nas duas divisões, a segunda leva vantagem (185 min e 1412 min). O guarda-redes Diogo Costa, único que não tinha jogado ainda pela “B”, com apenas noventa minutos pela primeira equipa, fez ontem outros tantos pela segunda formação. Mesmo Fábio Vieira e Evanilson, duo que regista mais minutos na Liga NOS do que na SabSeg, têm algumas presenças na equipa de Folha (186 min e 236 min respectivamente).
Utilizar jogadores menos utilizados pela primeira equipa no escalão “B” é prática corrente, integrada na lógica e princípios norteadores da implantação destes projectos. Conceder ritmo competitivo a jogadores mais jovens, ser uma ponte para o amadurecimento do atleta, que una formação a alta competição ao mais alto nível (no caso do FC Porto). Muitos jogadores delapidam as carreiras quando se descura esse processo lógico e delicado. Portanto, neste caso concreto, não existiu nenhuma anomalia na justificação da convocatória e equipa titular.
Os jogadores supracitados tiveram papel preponderante no triunfo ainda na primeira parte: Fábio Vieira abriu o ativo aos 18 min e Evanilson, de grande penalidade, fez o 2-0 aos 22 min. Na etapa complementar, Carraça facturou o 3-0 aos 53 min, Platiny (75 min) reduziu para os oriundos de Santa Maria da Feira. Os azuis e brancos ripostaram logo no minuto seguinte, novamente Evanilson, a bisar. Aos 83 min, Fabrício Simões fixou o resultado em 4-2.
Depois de diversas arbitragens inenarráveis que prejudicaram muito o FC Porto, decisões que originaram este enquadramento difícil de ultrapassar, colocando a despromoção portista como cenário possível, a “cartilhada” e a sua “inBerdade desportiva” pretende condicionar a utilização de recursos que o FC Porto tem à disposição. Deviam ter falado contra os regulamentos que eles próprios ratificaram quando beneficiaram deles.
Próxima quarta-feira… contra o Benfica B marchar marchar (seja com que equipa for). Rumo à manutenção!