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10 anos da glória europeia em Dublin

FC Porto derrotou o SC Braga por 1-0 com golo de Radamel Falcao.

A época 2010/2011 do FC Porto foi recheada de marcos históricos e muitas conquistas, desde a vitória do campeonato em pleno Estádio da Luz, os 5-0 no Dragão, a conquista da Taça de Portugal, e a prestação memorável na Liga Europa, onde venceu com distinção praticamente todos os seus adversários desde a fase de play-offs até à final.

Os “Dragões” de André Villas-Boas iniciaram a sua caminhada frente ao Genk da Bélgica, nos play-offs de acesso à fase de grupos, o FC Porto venceu na 1ª mão fora por 0-3, e colocou um ponto final nas contas ao conseguir nova goleada por 4-2 no Estádio do Dragão.

O sorteio da fase de grupos chegou e ditou que os “Azuis e Brancos” iriam ficar no grupo L, juntamente com: Besiktas (Turquia), CSKA Sofia (Bulgária) e Rapid Wien (Áustria).

O FC Porto acabaria por se qualificar como líder do grupo com 16 pontos (5 vitórias e 1 empate).

Seguiu-se a primeira eliminatória nos 16-avos-de-final, onde os “Azuis e Brancos” encontraram o Sevilha, um dos favoritos à conquista da competição, a 1ª mão foi jogada em Espanha no Ramón Sánchez Pizjuán, onde os pupilos de Villas-Boas acabariam por levar a melhor vencendo por 1-2, levando uma vantagem importantíssima para a 2ª mão no Estádio do Dragão, 2ª mão essa que quase poderia ter tido reviravolta sevilhana, com os espanhóis a vencerem o FC Porto por 0-1, resultado insuficiente para passar, pois os “Dragões” venceram com os golos marcados fora.

Com a motivação em alta depois de derrotarem o clube do país vizinho, o FC Porto teve o primeiro desafio russo na competição, onde enfrentaram o CSKA Moscovo nuns oitavos-de-final que prometiam ser intensos, os “Dragões” conseguiram vencer num jogo muito equilibrado na Rússia por 0-1, o colombiano Freddy Guarín foi decisivo ao apontar um remate brilhante que daria uma vitória magra para a 2ª mão, em Portugal. O FC Porto sentia que tinha de “matar” a eliminatória cedo no seu estádio, Hulk e Freddy Guarín fizeram os golos que abalaram o CSKA, e apenas o tento solitário de Tosic serviu de consolação para uma eliminatória que estava bem encaminhada para os “Azuis e Brancos” que venceram num agregado de 3-1 nas duas mãos.

Se foi uma equipa de Moscovo, porque não eliminar outra? Os quartos-de-final da Liga Europa ditaram novo adversário russo no caminho do FC Porto, o Spartak Moscovo, numa eliminatória estrondosa para os “Dragões”, ficando um total de 10-3 no agregado das duas mãos, a primeira goleada no Estádio do Dragão por 5-1 foi suficiente para se saber quem iria passar às meias-finais da Liga Europa, o FC Porto não estava satisfeito e queria mais, onde acabaria também por vencer com nova mão cheia de golos na Rússia por 2-5 na 2ª mão.

Seguiam-se então as meias-finais, onde o FC Porto iria defrontar o “Submarino amarelo”, o Villarreal, numa eliminatória que prometia ser interessante devido ao facto de haverem jogadores de enormíssima qualidade nas duas equipas, Santi Cazorla, Borja Valero, Giuseppe Rossi e Nilmar eram um dos destaques da equipa espanhola, mas isso não amedrontou o FC Porto, e mostrou o porquê de ser uma equipa que queria realmente ir até ao fim e vencer a 2ª Liga Europa do seu historial. O Villarreal até começou bem na 1ª mão, a ser jogada no Estádio do Dragão, onde iam vencendo ao intervalo por 0-1, mas tiveram uma 2ª parte para esquecer, onde apareceu um fantástico Radamel Falcao que iniciou a reviravolta através de uma grande penalidade, e que acabaria por fazer mais 3 golos, o outro colombiano Freddy Guarín também deu uma ajuda a fazer um dos 5 tentos apontados pelo super FC Porto, vitória por 5-1 na 1ª mão, deixando os “Azuis e Brancos” muito confortáveis para a 2ª mão em Espanha, onde terminaram e carimbaram um passaporte para Dublin, perdendo por 2-3, mas sem qualquer consequência na eliminatória que venceriam então por 7-4 no total das duas mãos.

Chegou então o grande momento, o momento de todas as decisões, uma final portuguesa inédita, o SC Braga era o último adversário que se opunha entre o FC Porto e o título da Liga Europa, e o tento solitário de Radamel Falcao chegou para fazer explodir de alegria todos os adeptos “Azuis e Brancos” espalhados pelo mundo fora, o avançado colombiano que acabava também por ser o melhor marcador da competição com 17 golos apontados, com esta vitória o FC Porto terminava a sua prestação memorável desde os play-offs até à final em grande estilo, adicionando assim a sua segunda Liga Europa ao museu, o 7º título internacional no palmarés “Azul e Branco”.